quinta-feira, 9 de agosto de 2012

And I Waited - Capítulo 9

Entre dois momentos. 


Novembro chegou e no dia três Ana resolveu ir bem cedinho para a casa de Zac para preparar o café da manhã para ele. Este seria seu presente, para compensar o fato de ter esquecido a data no mês anterior. Nádia abriu a porta para Ana entrar e pediu desculpas por não poder ficar para ajudá-la, pois tinha que ir para o trabalho, aos sábados ela trabalhava pela manhã.

Ana já tinha levado as coisas prontas, só colocou tudo arrumadinho em uma bandeja dessas de servir na cama, com um cartão feito por ela mesma. Foi até o quarto de Zac e o chamou para que ele acordasse. O garoto abriu os olhos e abriu um sorriso largo para Ana.

- Você está aqui mesmo? – ele perguntou.

- Estou. – Ana colocou a bandeja sobre a cama deu um beijo nele disse. – Feliz dois meses.

- Acho que mereço mais beijinhos.

- Toma o café primeiro, eu que fiz o bolo e o suco. Ah, e o cartão também.

Zac pegou o cartão que tinha na capa uma foto deles, tirada no aniversário de Ana. Dentro tinha outra foto impressa como marca d’água e o texto dizia:

Dois meses parece pouco tempo, quando tenho uma expectativa de em dez anos estar dentro de um barco em sua companhia.
Te amo!
Aninha.

- Eu também te amo!

Eles tomaram café e depois Zac levantou e foi até o banheiro escovar o dente e tomou um banho.

- Aonde você quer ir hoje? – ele perguntou.

- Qualquer lugar. Nossa como você está cheiroso. – Ana deu um beijo no pescoço dele.

Zac a abraçou, Ana sentiu-se aconchegada e segura nos braços dele. Naquele momento ela não queria ir para lugar algum.

- Acho que podíamos ficar aqui. – Ana pegou a bandeja e levou para a cozinha.

Ela voltou para o quarto de Zac, que estava ligando o computador para mostrar a ela um vídeo que fez com fotos deles juntos desde pequenos e a música de tema era a do Skank, que eles dançaram ali mesmo naquele quarto dias atrás. Ana achou lindo o vídeo e resolveu agradecer enchendo o garoto de beijinhos. Os dois se levantaram e beijaram-se intensamente. Ana estava sentindo seu corpo esquentar, ela não queria parar, queria mais e chegou mais perto de Zac que a envolveu em um abraço forte. Ele passou a mão pela nuca de Ana e acariciou seus cabelos. Ela por sua vez pressionava os dedos contra as costas dele como se quisesse se fundir a ele.

Ana sabia que tinha perdido o controle, mas não tinha forças para parar. Ela passou a mão por baixo da camiseta de Zac e sentiu a pele quente dele enquanto se beijavam ardentemente, e em seguida tirou a blusa do rapaz. Ele ficou surpreso com aquela reação da garota e perguntou se ela tinha certeza se era o que queria. Ana apenas assentiu com a cabeça e continuou a beijá-lo. Zac passou a mão por dentro da blusa dela e tocou em suas costas e em seguida tirou a camiseta dela, os dois se abraçaram sentindo seus corpos quentes se encontrarem. Os dois tremiam tamanho era o desejo que estavam sentindo. Ele a deitou na cama, deitou-se sobre ela e começou a beijar sua barriga, acariciando seus seios. Em seguida Zac desceu até os quadris da moça e fez menção de tirar a calça dela. Ana o empurrou com tanta força que ele caiu no chão. A garota pegou sua blusa no chão e correu para o banheiro.

 Zac levantou-se preocupado e ficou esperando que Ana saísse do banheiro. Esperou por quase quinze minutos e a garota não abriu a porta.

- Ana abra a porta, por favor. Você está bem?

Ele estava angustiado, não queria que tivesse sido daquele jeito, ele não estava com pressa. Ana não queria sair do banheiro, estava com tanta vergonha do namorado que naquele momento ela só queria desaparecer, queria ter o poder de se desintegrar. Mas isso não era possível e Ana sabia que tinha que sair do banheiro.

- Ana, por favor, você está me assustando, abra a porta. – ele já estava disposto a arrombar a porta se fosse preciso.

Ana Clara abriu a porta e correu para a porta da sala, Zac correu atrás dela e a segurou pela cintura.
- Ana não faz isso, me desculpa, você não pode sair daqui assim. – o garoto estava implorando.

- Me deixa ir Zac, depois nos falamos. – Ana estava chorando.

- Por quê? Eu não entendo Ana. O que aconteceu?

- Não devíamos ter ido tão longe. Me desculpe. Me solta! Depois conversamos.

Ele a soltou e Ana abriu a porta e desceu correndo. Ela não queria ir para casa naquele estado e sentou-se em um banco perto de um parquinho. A garota não parava de chorar, sentia-se uma idiota completa, não devia ter começado as carícias em Zac. Só de pensar em reencontrá-lo Ana sentia vergonha.

Ela chegou em casa quase meio dia e foi direto para o quarto, não quis almoçar e não saiu do quarto o dia todo. Zac tentou falar com ela ligando no celular da garota, mas ela não atendeu. Ele ligou na casa dela e a mãe de Ana levou o telefone sem fio até o quarto dela. A garota pegou o telefone fechou a porta e desligou o aparelho tirando a bateria. Zac chegou à casa de Ana por volta das oito da noite.

- Oi Zac! Aproveita e leva para Ana esse sanduíche, ela não comeu nada o dia inteiro. – Luísa falou.

Ele foi até o quarto de Ana e ela estava dormindo, Zac levou o lanche para a cozinha. Ele não queria ir embora, mas ficou com vergonha de pedir para ficar no quarto com Ana.

- Vocês brigaram? – perguntou Luísa.

- Na verdade foi mais uma discussão. – ele mentiu. - Será que eu posso só deixar um bilhete lá no quarto dela?

- Claro.

Zac voltou ao quarto de Ana, pegou um pedaço de papel e escreveu alguma coisa e foi embora. No dia seguinte Ana acordou de manhazinha, já que dormira muito cedo na noite anterior. A primeira coisa que ela viu foi o bilhete de Zac que dizia: te amo, independente de qualquer coisa. Ela sabia que aquela frase queria dizer muito mais do que estava escrito, Ana não tinha dúvida de que ele gostava dela independente do tipo de relação física que eles viessem a ter.

No meio da manhã Ana ligou para Fernanda para saber o que a amiga iria fazer durante o dia, pois ela não queria ver o Zac. Fernanda a convidou para ir à casa de uma tia dela que faria um churrasco. Ana pediu a mãe para ir e foi com a amiga para o churrasco. O rapaz não ligou para ela naquele dia e Ana só o encontrou no colégio no dia seguinte.

Zac estava esperando Ana no portão e assim que a viu foi ao encontro dela e deu um beijo na garota que retribuiu normalmente. Eles entraram na escola de mãos dadas e foram na direção da sala de aula.

- Você está bem? – ele perguntou cauteloso.

- Estou sim. Me desculpe por sábado, fiquei com vergonha de você.

- Já passou, não vamos mais falar nisso, certo?

- Certo.

Na quinta-feira à tarde Ana chegou à escola para a patinação, que ela continuou às terças e quintas. Pedro e ela decidiram permanecer com a dupla até terem certeza do que fariam no ano seguinte. Ana sentiu-se mal durante o treino e Zac a levou para casa. Ao entrar no apartamento Ana correu para o banheiro e vomitou, o rapaz a ajudou e ficou com ela até que seus pais chegassem. Zac foi embora cedo naquele dia para deixá-la descansar. Ana havia comido um cachorro quente na rua e provavelmente este fora o motivo do mal estar.

Ana Clara acordou bem disposta na sexta-feira, entrou no banheiro e sentiu uma vontade enorme de cortar o cabelo. Pegou uma tesoura que sua mãe guardava no armário da pia e começou a cortar mechas de seu cabelo, e ao terminar viu que o havia cortado na altura dos ombros e ficou satisfeita com o resultado. Tudo o que ela precisava aquele dia era de uma mudança. Ana tomou um banho e foi para a escola.

No colégio, os amigos de Ana ficaram impressionados com o novo visual, uma vez que ela usava os cabelos bem compridos desde bem novinha. Fernanda, que conhecia Ana muito bem, achou muito suspeita essa mudança no visual da amiga.

- Ana o que está acontecendo? Estou te achando estranha desde domingo, e para completar você cortou o cabelo no banheiro de casa. – Fernanda falou.

- Estou bem Fê.

- Não está não. – insistiu Fernanda.

- Eu e o Zac quase transamos. – Ana falou baixinho para que mais ninguém a ouvisse.

- O quê? Como assim? Quando? – Fernanda estava surpresa com a revelação da amiga.

- No sábado, na casa dele. Eu saí correndo, foi horrível.

- Foi horrível? Ele forçou a barra? – Fernanda estava perplexa.

- Eu forcei, e quando vi que ia acontecer, amarelei, fui embora.

- Ana porque não me contou isso no domingo?

- Fiquei com vergonha. Estou tão confusa.

- Será que as senhoritas podem fazer o exercício em silêncio, ou vou ter de separá-las? – Professor Júlio interrompeu a conversa.

Ana estava decidida, no intervalo iria conversar com Zac. Ela saiu da sala depois que ele e foi até o pátio para procurá-lo. O encontrou sentado em um banco com alguns garotos do time de basquete e o chamou.

- Podemos conversar? – ela perguntou.

- Claro, vamos sentar ali. – ele apontou para outro banco, um pouco mais a frente.

- Você odiou o meu cabelo, né? – Ana fez uma pergunta que soou mais como afirmação.

- Não odiei Ana, só achei diferente, não me lembro de tê-la visto com o cabelo tão curto assim. –  falou sinceramente.

- Zac eu. – Ana fez uma pausa para escolher melhor as palavras. – Eu te adoro e você é o cara mais incrível que eu conheço.

- Ana porque você está falando essas coisas? – ele ficou apreensivo.

- Porque é verdade, e quero que você nunca se esqueça o que eu penso a seu respeito.

- Aonde você quer chegar? – ele perguntou sério.

- Quero terminar o namoro Zac. Não podemos continuar juntos. – Ana falou asperamente.

- Porque não podemos continuar juntos Ana? Se for por causa do que aconteceu sábado, eu prometo a você que nunca mais...

- Vai acontecer Zac. Se ficarmos juntos vai acontecer e não estou preparada. Não é assim que eu quero, mas sei que vai acontecer e não quero me arrepender depois. – Ana o interrompeu, a lágrima brotando de seus olhos, já não conseguia ser tão durona.

- Eu posso esperar Ana, não tenho pressa. – ele tentou argumentar.

- Não Zac, só temos quinze anos, você não será capaz de esperar. Não agora.

Ana estava decidida e nada do que Zachary dissesse iria mudar a determinação dela.

- Eu só espero que você ainda me queira como amiga. – Ana  passou a mão no pingente em seu pescoço. – Aqui está escrito Para Sempre.

Zac se levantou, seu rosto estava muito vermelho, ele queria gritar com Ana, dizer que ela estava enganada, que eles poderiam namorar sem problemas. Mas não conseguiu dizer nada disso.

- Não sei se no momento sou capaz de ser seu amigo. – Zac saiu e deixou Ana sozinha.

***********

Então! Aí está mais um capítulo!!! Não fiquem bravas comigo, muito água ainda tem que rolar nessa história!! rsrs
Paulinha e Lari, saudade de vocês meninas! Galerinha do Mundo Fanfic, não tenho conseguido acessar o site, inclusive os sites individuais de vocês, aparece sempre a informação de Malware... Com saudade de ler as fics de vocês...
Beijos! 





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